domingo, 14 de fevereiro de 2010

Uma Verdade Inconveniente II

A rubrica Uma Verdade Inconveniente está de volta, desta vez falando dos longínquos tempos em que outra coisa substituía o telemóvel como objecto do dia-a-dia. Hoje todos têm um telemóvel, na década de 80 todos tinham um meio de comunicação ainda mais eficaz: a motorizada!
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Uma Verdade Inconveniente II - A era das Moto-Risadas!

Zundapp, Sachs, Macal, Casal, Famel, Pachancho, velocíssimas Pápa-Léguas, havia de tudo em tudo o que fosse território de S. Bartlolomeu, e como tal, o desporto motorizado também esfolava o fucinho daqueles que se arriscavam a correr nos circuitos internacionais de Quelha das Chães e Viso, onde toda a freguesia participava, mas onde só os de fora ganhavam!
Naqueles tempos para arranjar gaja eram necessárias duas coisas: brilhantina e motorizada. A brilhantina surgia como meio aerodinâmico de cortar o vento as fatias em cima de uma motorizada e também como meio de substituir o capacete, já que o capacete só se utilizava para cagar estilo no dia do rali!
Era também um bom meio de fuga para quando cheirava à porrada nas romarias da região, ou para quando a Florinda de Ourilhe, namorada do Berto de Arbonça na altura, caía da motorizada do Batista Serralheiro…
Foi por esses tempos que o Batista Serralheiro, piloto profissional, pois só caiu uma vez no primeiro dia e três no segundo, que comprou uma Sachs - uma motorizada excepcional por ser do pior que existia… Um dia saiu de casa, na Rua Al-Qaeda, em Vila-Boa, montando na viatura também o seu irmão Zé Ferreira. Ao chegar á subida que acaba no cruzamento de Vila-Boa, a mota quase que ia a baixo. Mas lá foi esganada até que subitamente…. ganhou bastante velocidade, como se tivesse recebido um turbo divino:

- Foda-se, a mota agora acelerou como nunca pá! – disse o Batista.
Chegando à subida da Ponte:
- Oh Zé, a mota é velha, mas hoje tá a andar de caralho pá! – disse o Batista – até parece nova!
O Batista foi sempre gabando a mota, falando de goela aberta por causa do roncar da mota, até que, junto ao fontenário de Pedroso:
- Oh Zé, a mota hoje cuidado, que achas?! – perguntou o Batista ao Zé.
Contudo o Zé não respondeu. O Batista olha para trás e… o Zé não ia na mota! O Zé tinha saído da mota pouco antes do cruzamento de Vila-Boa, para a mota conseguir subir…

O mais caricato da estória é que caso idêntico se passou com os irmãos destes (Manel e Tónio Ferreira), e até com o Barrinhos e com o Tecula Mor quando perderam a carga no marco de Cabanas...

Anos mais tarde, na véspera da festa de S. Miguel em Cabeceiras de Basto, o Batista Serralheiro, para ir para a festa no dia seguinte, limpou bem o radiador da motorizada até ele brilhar, com água e sabão.



Batista Serralheiro montado da grande mota, em Pedroso

No dia da festa, a caminho da festa, em Santa Senhorinha, toda a gente se ria dele e ele perguntava-se: “foda-se, será que se nota que sou de S. Bartolomeu?!” Todo o povo com quem ele cruzava ria-se dele, e a mota nem estava suja, pois tinha limpado tudo com água e sabão!
O Batista, já fodido da vida, olha para trás para tentar ver se tinha algo nas costas e vê o porque de todos se rirem dele… Do radiador para além de ar, saiam bolinhas de sabão! A motorizada para além de fumo, deixava pelo ar um rasto de bolinhas de sabão…

7 comentários:

Anónimo disse...

Que estilo meu,afinal ja existia estilo em vila-boa,so esta e a da anha amarela cheia de vinho e um junco a servir de antena do Guedes para a rua do alkaida.comprimentos ao autor do livro.

armindo disse...

esta gajo é o luis durão

Anónimo disse...

velhos tenpos que s;bartulumeu rulavao en moto;rizadas e boviamos cantaros de vinhaça agora;rolan en tuning;barriga encostada às costelas;raibantes nas tronbas e un corneto a dividir por dois'')palavra du profeta cunha')

Anónimo disse...

que rpo$tpgokt tgtrtg^ty j"('o)
à,,,tgtog,porp'r iorà)d))çr,;,lruuupm











cunha ghty cunha kkfjhd cunha jjjgjjjjt)cunhaçokdrl;kr poijriiig cunha gthydjkkjghtu enhfreguiirkhnj gue voes pqaridj cunha uuruhhgjv nbhvgj cunha,fi=àçtkkkkkrjhgjuty lkfotinvnfjkkz cunhapoifhjgkk gt ccunha unhaejuûnnn nôoporito nfbhdscunhagruti bnbdhrgfut h cunha zerdopdjhheu bvhfgryuncb hhhfuhcunhauur cunha nnbnbshihgjcunha fbvnazereidjsqkflgjhbk bbfvu ennde,ckkeicunha"ei cunhapàkfv,r,èç_dnndnzueu"'bfhgn fjjejehbvnfbrhrkhiyuh vkdxlldeoducv cvvfgbhn
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armindo disse...

putaquepariu esta linguagem deve ser grego ou arabe so sei que fala do cuha

armindo disse...

deve ser aqueles mulçulmanos que levam um tapete na lavoura dos cães

Guerra disse...

As moto-risadas parece que ainda rolam... mas parece que nao é para os nossos lados:

http://www.moto-risadas.com/

Cumprimentos aos conterraneos