domingo, 25 de abril de 2010

Uma Verdade Inconveniente III

Pela terceira vez, a rubrica “Uma Verdade Inconveniente”, relata mais uma estória verídica passada entre Lamas e o Siguêlo, esta passada por um daqueles montelincianos que há décadas partiram para novos rumos em busca de vidas melhores. Já todos conhecem a boa disposição que este homem causa em todos que o rodeiam, mas poucos conhecem esta estória do homem que ficou na estória de S. Bartolomeu por ser o primeiro a lá levar um carro descapotável:
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Uma Verdade Incoveniente III - A grand catastrophe na Sra da Saúde

O sol já ia um pouco alto quanto na manha do dia 21 de Agosto, dia de romaria e feira anual no lugar da Lameira, José Santos (Zé Quintas), acorda com ensurdecedoras sirenes de ambulâncias. Põem-se a pé, veste uma boa camisa a condizer com a festa e vai para o seu jardim ver o que se passava.
Passaram-se largos minutos e o homem emigrado em França há várias décadas, não via a ambulância passar: o povinho que atulhava a estrada nacional não deixava a ambulância avançar, e como se não bastasse, riam-se como loucos da situação! “Eu ainda pensei que se riam da minha camisa, mas não…” – disse-nos Zé Quintas.

Zé Quintas é também conhecido como "O Fotografo de Nuilhas" (e não Luilhas), depois de fotografar a comunhão dos sobrinhos e de toda a gente nas fotos ficar irreconhecível.

Farto de esperar, Zé Quintas recolhe-se novamente ao conforto da sua casa, longe da desordem e da confusão da rua. Contudo a ambulância parecia estar mais perto, e nisto Zé Quintas corre novamente para o jardim para ver se o acidente seria grave. Mas a pavorosa confusão continuava a não deixava a ambulância passar! “Que povinho tão parolo, o homenzinho a morrer e não deixam a ambulância passar” – diz Zé Quintas à esposa.
Esperava há horas, revoltado com a confusão que impedia a ambulância de passar, até que subitamente o marido da sobrinha Maria, vizinha que lhe cuida da casa durante o resto do ano, aparece a correr por entre a multidão em direcção a casa de Zé Quintas.

- Morreu muita gente, Batista? – diz Zé Quintas indignado enquanto o Batista se aproximava dele.

- Se morreu não sei, mas já podia ter desligado o alarme da sua casa!

3 comentários:

Anónimo disse...

Engraçado ele deve ser uma pessoa com os ouvidos bem limpos AHAHAHA

Vizinho disse...

Seu falecido pai e sua irmã Rosa eram bem mais astutos nas noites de S.João, quando guardavam o carro de bois em sua casa....muitos ficaram com os cabelos em pé......

Anónimo disse...

cunha dis ,,livro ten poucas novidades;na minha opiniao ; temos na freguesia do rego un folano que è o unico ao mundo ;que ronpeu as ancas de tanto dormir